Café: Bandido ou Mocinho?
endocrinologista fala sobre os efeitos da bebida mais popular do mundo
Produto com a cara do Brasil, o famoso cafezinho tornou-se símbolo de boa
educação ao anfitrionar as pessoas em casa.
Além do gesto de boa educação, a bebida possui sabor e aroma característicos,
que agradam o paladar dos mais exigentes.
Ele possui grande concentração de uma substância altamente estimuladora chamada
cafeína, mas o que ninguém sabe é que ele vem sendo citado em várias pesquisas
como um grande aliado na prevenção de várias doenças, como o diabetes e a
enxaqueca, entre outros.
Além de aquecer no inverno, refresca no verão e tem grande participação na fonte
de renda da história de vários países, como o Brasil, por exemplo. E ainda
estudos recentes indicam que as substâncias presentes no café podem prevenir
demências e Alzheimer e que o consumo moderado e regular diminuiria a incidência
de alcoolismo e depressão.
Para a médica endocrinologista Dra. Claudia Chang, doutoranda em Endocrinologia
e Metabologia pela USP, Coordenadora e Professora da Pós Graduação
Endocrinologia do ISMD, o fator determinante não seria o café isoladamente, mas
sim, a quantidade ingerida. O consumo de baixo a moderado aumenta o metabolismo
basal (energia que se gasta para viver excluindo atividade física) e seria
benéfico até para prevenção de doenças cardiovasculares, evidenciado por um
estudo recente realizado pela Universidade de Singapura e o Departamento de
Nutrição de Harvard,em que haveria correlação entre consumo de cafeína e menor
incidência de diabetes, provavelmente associada a inibição de mecanismos
inflamatórios.
A médica também enfatiza que, no entanto, quantidades elevadas podem ser
maléficas principalmente para aquelas pessoas com elevação da pressão arterial,
problemas de estomago (como gastrite e refluxo), além de influenciar no padrão
do sono noturno (principalmente se consumido após as 16h).
Direção
IRENE SERRA
irene@riototal.com.br
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